Projecto SOS: Berços

Já há algum tempo que não actualizo, nem comento o Projecto SOS. Começou a tornar-se difícil para mim actualizar este blog e ao mesmo tempo continuar a direccionar tanta energia para esse cantinho, principalmente tendo em conta que nos últimos tempos me estava a tentar afastar um pouco destes mundos.

De todas as formas, mesmo continuando com o tempo um pouco limitado, vou tentar continuar a lançar aqui alguns temas da corrente projecto SOS e espero que consigam segui-lo desta forma e que continuem a comentá-lo.

Então, avançando para o tema dos Berços, há um ano atrás, quando o V e eu decidimos que queríamos ter um bebé e eu comecei a fazer uma espécie de orçamento para ter uma ideia de quanto custaria essa proeza, tínhamos pensado reutilizar um berço de família já com um par de décadas, mas algum tempo mais tarde, ao aprofundar a minha pesquisa sobre o tema, dei-me conta que desde então, as leis de segurança e de qualidade dos berços foram bastante alteradas e que os berços mais antigos, infelizmente, podem representar um risco para um bebé pequeno.

Assim, para ajudar outras mamãs e futuras mamãs que, como nós estejam a atravessar aquela fase bastante complicada de escolha de um berço, aqui fica uma lista com as principais características às quais devemos estar atentos (especialmente se acabarmos decidir reutilizar) e mais umas quantas dicas de segurança, porque mais vale prevenir que remediar  ;)



Barras Laterais
No passado era comum os berços terem, pelo menos, uma das barras laterais construídas de forma a ser possível baixá-las. Apesar desta característica ainda ser permitida na União Europeia, agora as marcas são obrigadas a aconselhar nas suas instruções de uso, que os pais tenham sempre o cuidado de verificar que as mesmas estão bem seguras quando deixam o bebé no berço de forma a prevenir que caiam involuntariamente e constituam um risco para o bebé.
Já em países como os Estados Unidos, esta característica deixou de permitida, pelo grande risco que pode constituir para o do bebé (risco de entalamento e estrangulamento)
Razões pelas quais constitui um risco:

• Material de plástico pode partir ou entortar-se;
• Alguns tipos de madeira podem facilitar que o material se solte mais rápida e facilmente;
• Perigo de ser instalado ao contrário, o que aumenta o desgaste do material;
• Pequenas peças podem-se perder ao longo do tempo, impedindo a correcta montagem.

Espaçamento das Ripas
Um dos aspectos mais importantes na construção do berço e um dos quais foi afectado pelas novas normas de segurança dos berços, é o espaçamento entre ripas.
Actualmente é obrigatório, para os novos berços, que as ripas estejam a, no máximo, 6cm de distância umas das outras para evitar que o bebé entale a cabeça entre elas e se magoe ou sufoque.
Quem pense em comprar um berço produzido na União Europeia após 2009 não terá que se preocupar com este detalhe, no entanto, é importante verificar o espaçamento das ripas em berços construídos noutros países ou em anos anteriores.



Cantos
Caso o berço possua cantos mais elevados que o resto da estrutura, esta elevação não deve ser superior a 0,16cm (excepto no caso de cantos que servem se suporte a dossel e/ou sejam superiores a 41cm), de forma a prevenir que a roupa se prenda e o bebé se magoe ou sufoque.
No entanto, o melhor mesmo, é não existirem nenhumas protuberâncias.



Colchão
No que diz respeito ao colchão há vários pontos que devemos ter em atenção.
Em primeiro lugar o colchão deve ficar bem ajustado ao tamanho do berço, não devendo existir uma distância superior a 3cm (ou 2 dedos) entre a borda do colchão e as grades do berço, quando empurramos o colchão para qualquer um dos lados, de forma evitar que o bebé fique preso neste espaço.
Outro ponto importante a ter em conta é a altura do colchão. Hoje em dia, cada vez mais berços oferecem a opção de colocar o colchão em várias alturas diferentes.
Quando o bebé é ainda um recém nascido e não tem muita mobilidade, o colchão deve colocar-se na posição superior, facilitando assim o acesso ao bebé.
No entanto, assim que o bebé ganhe mais mobilidade e comece a conseguir sentar-se e trepar, deve passar-se o colchão para a posição mais baixa de forma a evitar quedas.
Caso o colchão tenha mais que duas posições, esta mudança poderá ser feita gradualmente.



Construção
Um dos pontos aos quais devemos ter mais atenção quando compramos ou aceitamos um berço em segunda mãe é a sua construção.
É importante verificar que a construção é segura e que não existem pregos, parafusos e outros materiais de montagem mal colocados, a deslocar-se ou em falta.
É também importante verificar regularmente estes materiais, uma vez que alguns bebés são bastante habilidosos e conseguem soltá-los, podendo engoli-los acidentalmente e/ou comprometer a estabilidade do berço.




Estabilidade
O berço, quando montado, deve ficar completamente imóvel.
É importante comprovar que a construção do berço é sólida. Antes de efectuar uma compra, basta dar-lhe um abanão para certificar que este não balanceia.
É também importante voltar a repetir este passo depois de montado para se conformar que não lhe falta nenhuma peça e que todas as peças foram colocadas no local correcto.




Outras Dicas de Segurança

• Colocar o berço longe de janelas, de forma a prevenir quedas altas;
• Não colocar o berço perto de cortinas, persianas e objectos de electrónica de forma a prevenir estrangulamento por cordas e fios;
• Retirar o móbil e outros objectos de actividades quando a criança atinja os 5 meses de idade ou quando comece a conseguir chegar até eles;
• Manter a roupa de cama solta e evitar colocar dentro do berço objectos desnecessário que podem sufocar o bebé;
• Evitar berços com decorações que podem partir-se ou desmontar-se ou que permitam que o bebé escale o berço e caia;
• Sempre que seja necessário substituir alguma peça, adquiri-la através do manufactor original;
• Ter sempre em atenção as listas de produtos retirados do mercado.

Espero que esta listinha vos ajudem a escolher o melhor berço para os vosso tesourinhos!

Bons Planos!