terça-feira, 30 de julho de 2013

Escolher um GO



Seja qual for a situação ou o momento da vida em que se encontre, confiar e sentir-se confortável com um médico é algo essencial.
É com ele que partilharemos medos, esperanças, desilusões, aspectos privados das nossas vidas e é ele que nos ajudará a superar inúmeros obstáculos, tanto do foro físico como psicológico e emocional.
Quando falamos de ginecologistas, que terão acesso a partes tão intimas e assuntos tão delicados, essa confiança é ainda mais importante!


Mas como é que se consegue obter essa confiança?

Antes de nada, é muito importante encontrar um bom médico e felizmente, vivendo nós na era da tecnologia, é relativamente fácil pedir conselhos, recomendações e até buscar informações sobre a competência, profissionalismo, simpatia e empatia com o paciente de um médico em particular.
No entanto, mesmo quando encontrarmos um médico que parece excelente no papel, devemos lembrar-nos que cada pessoa é diferente. Enquanto que umas preferem um médico mais calmo e relaxado, outras sentem-se melhor com um médico pro-activo e que esteja "pronto para a luta". Enquanto que algumas se sentem melhor com uma médica do sexo feminino, outras não se importam de ser observadas por alguém do outro sexo.

Quando finalmente encontramos um médico que parece enquadrar-se bem com a nossas necessidades, chega o momento de marcar uma consulta e de o conhecer pessoalmente.


Preparação para a consulta
O primeiro passo a dar, ainda antes da primeira consulta é preparar uma lista com todos os tópicos e perguntas que gostávamos de ver esclarecidas, tendo em conta o nosso próprio historial médico.
Este ponto é muito importante, quer para o médico conhecer com profundidade a paciente que está a tratar, mas também para ela sentir que a consulta foi informativa e para, idealmente, se sentir mais tranquila e informada.
Alguns dos pontos gerais que se podem mencionar nesta consulta são:
  • Problemas de saúde conhecidos e como os mesmos podem condicionar a fertilidade ou, mais tarde, a gravidez;
  • Cuidados a ter a nível da alimentação, bem como físicos e psicológicos, para melhorar o estado geral do corpo e assim facilitar concepção e, mais tarde, a gravidez;
  • Exames pré-concepcionais que se devem fazer numa fase inicial e porquê;
  • Suplementos que se podem ou devem tomar para melhorar o estado geral do corpo;
  • Infecções ou pequenos problemas que se devem tratar antes de avançar com os treinos;
  • Sintomas que estejam a ser causa de ansiedade e preocupação.


Durante a consulta
Durante a consulta a atitude da paciente é muito importante para criar essa imprescindível relação de confiança.
Aqui ficam algumas dicas sobre como encarar a consulta:
  • Não ter medo de fazer perguntas e pedir ao médico para repetir a explicação até se entender bem o que ele quer dizer;
  • Responder com sinceridade todas as perguntas colocadas pelo médico;
  • Ser sincero quanto ao estilo de vida, desde as rotinas de exercício até ao consumo de substancias potencialmente prejudiciais à saúde, à concepção e à gravidez;
  • Informar o médico sobre todas as medicações que se toma no momento para evitar reacções negativas com outras medicações que ele possa receitar;
  • Explicar ao médico o historial familiar de doenças e pequenos problemas de saúde;
  • Marcar uma consulta de seguimento.


Conhecer o médico
Durante a consulta, e ainda antes de se passar para as questões mais práticas, é importante conhecer o profissional que escolhemos.
Algumas perguntas importantes para lhe fazer são:
  • Quais são os seus horários de trabalho?
  • O seguro de saúde é aceite pela sua clínica ou hospital?
  • Em que outras clínicas ou hospitais trabalha?
  • Em caso de gravidez, independentemente de ser de risco ou não, poderá acompanhar-me?
  • E durante o parto?
  • Caso não esteja disponível, que outros médicos o substituirão?
  • Regra geral, qual é o tempo de espera para as suas consultas?
  • Qual a sua experiência como GO?
  • Qual é a sua atitude relativamente a problemas de fertilidade?
  • Como o poderei contactar no caso de ter alguma duvida ou problema?


Questões geralmente colocadas pelo médico
De forma a perceber melhor as circunstancias próprias da paciente em questão o médico pode e deve fazer uma série de perguntas, como, por exemplo:
  • Em média, qual é a duração do seu ciclo?
  • Como é o seu período menstrual?
  • Como são as suas descargas vaginais?
  • Com que frequência mantém relações sexuais?
  • Existem ou não alguns problemas sexuais?
  • Existem algumas doenças sexualmente transmissíveis?
  • Quais são os métodos contraceptivos que utiliza?
  • Qual é o seu historial de vacinação?


Quando a existem problemas de fertilidade
No caso de se suspeitar ou se identificar algum problema de fertilidade, deve-se tentar perceber qual a atitude do médico em relação ao mesmo e qual o caminho a seguir.
Para perceber isso, algumas das perguntas que se podem colocar são:
  • Que análises ou exames serão necessários e porquê?
  • Quais são as opções de tratamento?
  • Que tratamento recomenda, com base nos sintomas concretos apresentados?
  • Como é que o tratamento recomendado irá ajudar?
  • Em que consiste o tratamento?
  • Quais são os possíveis efeitos secundários do tratamento?
  • Que cuidados se deve durante o decorrer do tratamento?
  • Durante quanto tempo se deve manter esse tratamento?
  • Que colegas recomenda no caso de necessitar de acompanhamento psicológico?

Por fim, e como conselho pessoal, não tenham medo de fazer muitas perguntas.
Mesmo que se sintam um pouco embaraçadas pela vossa enorme lista, é melhor descarregar todas as perguntas e sair do consultório com um sentimento de tranquilidade e de informação, que seguir com a ansiedade de dúvidas não resolvidas, e um bom profissional de saúde compreenderá isso.


Bons Planos!

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