quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Projecto SOS: Dopplers Fetais

Os dopplers fetais sempre me despertaram muita curiosidade.
Se por um lado me parece excelente que a mamã possa ouvir o coraçãozinho do bebé sempre que esteja mais ansiosa, certificando-se, desta forma, do seu bem estar, principalmente durante os primeiros estágios da gravidez durante os quais ainda não se sente o bebé mexer, por outro, apesar dos riscos associados a esta prática serem mínimos, rápida e facilmente se pode cair no exagero e a ajuda do doppler tornar-se um criador de preocupação e nervosismo em vez do contrário.

Creio que, como com quase tudo na vida, uma mente aberta, a informação correcta sobre o uso e funcionamento do aparelho, e a capacidade de reconhecer os limites (nossos e do aparelho) serão competências necessárias e importantes.
De forma simplificada poderia dizer-se, que se pode usar com conta, peso e medida.


Caracteristicas gerais:
Os dopplers fetais funcionam através de uma varinha que envia e recebe continuamente ondas de alta frequência através do corpo e que detectam os batimentos cardíacos do bebé. O aparelho interpreta as mudanças nestas ondas e simula o ritmo cardíaco do feto, ao mesmo tempo que informa o utilizador do número de batimentos num pequeno ecrã.

A frequência dos dopplers varia, podendo ir desde 2MHz até 8MHz. 
É aconselhado o uso de dopplers de 3MHz durante os primeiros estágios da gravidez e de 2MHz no caso da mamã ser mais rechonchuda. 
Normalmente funcionam com duas pilas AA e alguns possuem um sistema de alarme que se acciona no caso da frequência cardíaca do bebé não estar dentro dos limites normais.

O doppler conseguirá captar o batimento cardíaco do feto a partir das 10 semanas, até ao nascimento do bebé.
Nalguns casos consegue-se detectar um pouco antes, mas depende muito da estrutura física da mamã, da posição do bebé e da paciência de quem estiver a  manipular o equipamento.


Ritmo Cardíaco Normal:
Durante a quinta semana de gestação o coração do feto baterá com uma frequência semelhante à da progenitora, entre 80 e 85 batimentos por minuto.
A partir daí, aumentará cerca de 3 bpm por dia durante esse primeiro mês:
 - 5 semanas: começa com 80 bpm e vai até 103 bpm
 - 6 semanas: começa com 103 bpm e vai até 126 bpm
 - 7 semanas: começa com cerca de 126 bpm e vai até 149 bpm
 - 8 semanas: começa com cerca de 149 bpm e vai até 172 bpm

Chegando às 9 semanas, o ritmo cardíaco normal do bebé será de aproximadamente 175 bpm.
A partir daí, começará a desacelerar rapidamente atá às 20 semanas, chegando aos 120-180 bpm.
Durante as últimas 10 semanas de gravidez, também é normal notar-se um pequeno abrandamento do ritmo cardíaco, que aproximará o ritmo do bebé ao ritmo de um adulto normal.

Há que ter em atenção que, à semelhança do que acontece com o nosso ritmo cardíaco, também o do bebé varia naturalmente em situações de movimento, de sonolência, etc.


Prós:
  • Acalma os pais, especialmente em casos de gravidez de risco;
  • Proporcionam a criação de laços com o bebé, antes do seu nascimento.

Contras:
  • Nem sempre os resultados são fiáveis podendo causar ansiedade;
  • Os médicos preocupam-se com o facto de o uso do doppler leve os pais a ignorar possíveis sinais de perigo;
  • Haverá alturas em que não se conseguirá detectar os batimentos cardíacos do bebé ou poder-se-á confundir os batimentos da mãe com os do bebé, criando stress na mamã, o que não é bom para o bebé;
  • Alguns pais têm tendência a usar o doppler durante longos períodos de tempo, apesar de ser aconselhado usá-lo com moderação.

Dicas e Instruções:



2 comentários:

  1. Boa!!! Nao fosse eu adepta da Sonoline =D
    Gosto muito!!! (e tenho um)

    Magnum

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    1. Também estou a pensar em comprar um Sonoline dependendo dos preços que encontrar :)

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